A existência humana é marcada por inúmeros aprendizados que são construídos ao longo da vida. No começo, as crianças são dependentes dos pais, tanto nos aspectos de sobrevivência, higiene e proteção. São os pais, durante a primeira infância, os educadores de valores, limites e aprendizagens para a vida.
Mas como educar uma criança se, durante nossa trajetória de vida não tivemos orientação ou formação para essa finalidade? Ainda não existe uma faculdade para formar pais e mães para exercerem a paternidade e/ou maternidade. Os pais são, aprendizes da experiência, adquirida pelas vivências com os filhos, com tentativas de acertos e erros. Podemos errar como pais, mas a intenção é sempre acertar, pois queremos o melhor para nossos filhos.
É no esforço de acertar que fazemos escolhas, buscando o equilíbrio entre o possível e o realizável, a partir do que consideramos mais adequado para cada situação. Contudo, não há nenhum manual orientativo para os pais sobre como proceder nas diferentes situações cotidianas em relação a educação dos filhos. Por isso, a expressão “pais de primeira viagem” se aplica tão bem ao contexto familiar e, de fato, aprendemos muito com o primogênito. Se vierem outros, aí sim, a tarefa parece ser mais simples, uma vez que temos um conjunto de experiências aplicáveis quanto ao processo educativo.
Aos pais que querem se aperfeiçoar para melhorar a sua relação com os filhos e ajudá-los a crescer como pessoa humana, podem optar por cursos ou terapia educacional, buscando orientação para os conflitos do lar. Há também casos em que os pais têm dificuldade de lidar com atritos entre irmãos, especialmente quando estiverem separados por idades diferentes, personalidades e outros motivos, típicos de crianças e adolescentes em desenvolvimento.
É importante que os pais conversem com seus filhos, acompanhe-os em suas atividades e tarefas escolares, nos afazeres formativos complementares. O brincar e a socialização, para crianças em desenvolvimento, é fundamental para um crescimento saudável.
Outra estratégia é dedicar tempo para atividades que envolvam os membros da família. Isso pode ser com passeios, em parques, shoppings, praças... assistir um filme no cinema ou em casa... organizar brincadeiras e atividades que oportunizem a participação e a criatividade.
A vida agitada do mundo contemporâneo reserva pouco tempo para às relações familiares. No entanto, a paternidade/maternidade, uma opção consciente, requer dedicação de tempo para atendimento e convivência com os filhos. É importante reservar tempo para os filhos, pois gera segurança, apoio e equilíbrio emocional. Tornam-se pessoas mais confiantes e motivadas, pois o afeto os torna, mentalmente mais fortes para enfrentar os desafios diários.
A tarefa de ser pai ou mãe não é fácil e não é possível de ser aprendida em um manual, pois lidamos com pessoas que amamos e queremos bem. Por mais que pesquisemos, encontraremos ideias com as quais concordamos e outras que descartamos por entendermos que há elementos culturais que norteiam nossas decisões.
E como já diziam nossas avós, filho é para toda a vida. Por isso, cuidar do nosso bem mais precioso é o maior desafio como pais. Motivados por essa finalidade, queremos uma boa educação, ficamos atentos em relação as escolhas de amizade, selecionamos a alimentação e as atividades para promover a qualidade de vida. Poderemos até nos equivocar, mas estamos tentando acertar nas
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