É comum os pais acompanharem o desenvolvimento dos filhos no processo de aprendizagem. E, em muitos casos, tem dúvidas se os filhos estão aprendendo e se o nível em que se encontram é adequado de acordo com a idade e série. Quando há questionamentos em relação a aprendizagem, um diagnóstico pode solucionar o problema, mas é recomendável que seja um profissional com experiência na educação e tenha formação específica em fases e dificuldades de aprendizagem.
Nas redes sociais encontramos muitos anúncios de profissionais que fazem diagnósticos, laudos e se apresentam como facilitadores de aprendizagem. É importante, que os pais, pesquisem, analisem e visitem o local, para terem certeza de que é um espaço projetado e construído para estimular a aprendizagem.
Uma vez diagnosticado alguma dificuldade de aprendizagem dos filhos, o passo seguinte é marcar um horário com um profissional da educação para que trace um plano de estudos que auxilie no desempenho da aprendizagem. Neste momento, os pais não podem errar na escolha do profissional, pois, geralmente, procuram alguém para auxiliar a entender os conteúdos, quando deveriam investir no desenvolvimento de competências.
E por que falamos no desenvolvimento de competências? A resposta é porque a competência é para a vida e os conteúdos são, na melhor das hipóteses, para ir bem na prova. Portanto, procurar uma instituição que trabalhe com metodologia diferenciada, oriente como estudar, gerencie o tempo e desenvolva o raciocínio lógico trará mais resultados do que ensinar os conteúdos.
Quando a criança recupera sua autoconfiança, motiva-se para estudar. E assim, qualquer conteúdo aprenderá, pois entenderá o processo, fará a análise e verá as possibilidades que podem direcionar a rotina de estudos.
Aulas particulares e reforço escolar são excelentes recursos para sanar as dificuldades das crianças. E os pais, devem analisar, se a formação complementar é um investimento, auxiliando-os a superarem dificuldades ou aperfeiçoarem seus talentos.
A terceira década do século XXI vem carregada com mudanças nos processos educativos, marcados pela pandemia, avanço da tecnologia no campo educacional e o investimento em uma formação mais prática, vivencial e significativa.
Para tanto, precisamos buscar ajuda em locais nos quais há profissionais que se preparam para os novos tempos, trabalhem com competências e potencializam a autonomia e o protagonismo dos estudantes. Por isso, recomenda-se aos pais que conheçam os profissionais, o local e a metodologia empregada, para que de fato, ocorra acréscimo na formação dos filhos.
A escola precisa rever sua forma de ensinar as crianças e adolescentes, e, um bom exercício, é olhar para além do muro e identificar quais são as competências necessárias para o primeiro emprego, para ser um empreendedor, para desenvolver a criatividade. Não podemos pensar que a escola prepara para o mundo do trabalho, se o adolescente que sai da educação básica não consegue se comunicar, com objetividade, numa entrevista de emprego, não sabe elaborar seu currículo e não identifica suas qualidades.
A educação, faz tempo, perdeu seu encanto, o prazer, a alegria. Estudar tornou-se sinônimo de chatice, repetição, abstração e distanciamento da realidade. Se perguntássemos para uma criança ou adolescente, se gosta de ir para escola, com certeza a resposta seria “sim”. Mas quando fizéssemos a segunda pergunta, o que gosta da escola, talvez responderia que seria o corredor, o pátio, a quadra de esportes, a lanchonete (se tiver), menos a sala de aula.
Buscar ajuda para os filhos que apresentam dificuldades é importante, pois, do contrário, poderão sofrer alguma rotulação por parte dos colegas e, em raros casos, pelos próprios docentes. É importante que os pais estabeleçam quais os critérios e as metas que os filhos precisam alcançar, para que possam avaliar se foram ou não alcançadas.
Às vezes, nós pais, esperamos que nossos filhos tenham desempenhos excelentes e nos esquecemos que eles são crianças e adolescentes, que precisam brincar e se socializar. E que a aprendizagem é deles, as notas e conceitos são deles e não deve ser uma conquista para os pais.
Vamos planejar, com carinho, a melhor forma de ajudar nossos filhos a terem desempenhos melhores em seu processo de aprendizagem. E se for para agregar valor, procuremos ajuda de especialistas, mas façamos uma boa pesquisa, para que o local escolhido seja, de fato, um ambiente de estudos e de desenvolvimento de competências para a vida.
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